Marcus, enjoyed your adventures! Please keep looking for holes in your collection so you can travel to more places, adding more shells to your collections (and our, too).
Look forward to your next adventure!
Phyllis Gray
Uma das formas
que usamos
para escolher
onde ir coletar
é olhar
a galeria
de fotos de
nosso site
e ver quais
lugares faltam
ou tem poucas
conchas fotografadas.
Somente tínhamos
dez conchas
das ilhas
Cayman então
pareceu uma
boa escolha.
Depois de
checar se
eu conseguiria
um vôo
para a semana
seguinte (como
sempre, planejado
com bastante
antecedência...)
eu procurei
por hotéis.
Consegui um
ótimo
pacote que
incluía
as diárias
e o aluguel
de um carro.
O problema
é que
eles dirigem
na mão
inglesa, mas
um dia eu
teria que
arriscar.
O pessoal
do hotel não
tinha um quarto
pequeno então
me ofereceram
um bem maior,
de frente
para a praia,
com duas suítes
(a maior com
jacuzzi),
sala de estar,
jantar, cozinha
completa,
ar condicionado
central, sacadas,
e Internet!
As Ilhas Cayman
são
um território
britânico
no Caribe,
a sul de Cuba.
Relativamente
isoladas e
afastadas
umas das outras,
as ilhas têm
em Cuba e
na Jamaica,
300 km a sudeste,
os vizinhos
mais próximos.
Compreendem
a Grande Cayman,
Cayman Brac,
e Pequena
Cayman. A
capital é
George Town
e fica em
Grand Cayman,
para onde
eu iria.
Assim que
sai da alfândega
de Grand Cayman
fui até
a Avis para
pegar o carro
– fiz
um seguro
extra só
para me garantir,
peguei as
chaves e fui
colocar as
malas naquele
carrinho minúsculo
depois de
jogar água
benta nele
(brincadeira...).
Depois de
alguns segundos
tentando pegar
o cinto de
segurança
do lado errado,
me concentrei
e repeti mentalmente
cem vezes
“ tenho
que ficar
do lado esquerdo,
tenho que
ficar do lado
esquerdo”.
Os pedais
ficam nas
mesmas posições
que o “normal”,
freio de mão,
marcha (automático),
e espelhos
também.
A única
coisa que
me atrapalhei
foi na hora
de ligar o
pisca –
todas as vezes
eu ligava
o limpador
de parabrisa!
Como havia
uma cozinha
completa eu
comprei mantimentos
em Miami a
fim de economizar
um pouco e
não
perder tempo
dirigindo
até
algum restaurante.
Só
tive que comprar
água
(e cerveja...)
em uma loja
de conveniência
do posto ao
lado do hotel.
Desfiz as
malas e testei
se a internet
funcionava
bem, fazendo
uma ligação
para o Brasil
pelo meu notebook
(Skype é
ótimo!).
Já
eram quase
5 da tarde
mas eu queria
mergulhar
em frente
para ver como
o fundo era.
A água
era cristalina
e quente,
e o recife
não
era muito
longe da praia.
A corrente
e as ondas
pareciam ser
um pouco fortes,
mas isso era
um bom sinal
já
que as conchas
preferem água
bem oxigenada.
E bota oxigenada
nisso!
Ao contrário
de minhas
últimas
viagens o
fundo era
bem rico,
cheio de peixe,
corais e conchas!
Até
encontrei
um Lion fish,
que foi introduzido
no Caribe
após
furacões
terem destruído
os tanques
onde peixes
ornamentais
eram mantidos
na Florida.
Eu gosto de
tirar fotos
submarinas,
mas tinha
que resistir
e procurar
conchas –
assim mesmo
tirei algumas
muito boas.
Logo que entrei
na água
achei dois
Strombus gigas
– que
obviamente
não
peguei, vários
Cyphoma gibbosum,
Cypraea acicularis,
Mitra barbadensis
e nodulosa,
Arene, Pisania
e outras espécies.
Conforme chegava
mais perto
da arrebentação
as ondas e
a corrente
ficavam mais
fortes. Insisti
na área
porque era
perfeita,
cheia de pequenas
pedras com
conchas –
mas as ondas
arrebentando
na minha cabeça
começaram
a me incomodar.
Pelo menos
encontrei
um Conus mus!
Estava escurecendo
e eu não
havia trazido
a lanterna
comigo, então
voltei para
o hotel.
Tomei um banho
(e uma cerveja),
coloquei as
conchas em
uma travessa,
liguei o notebook
e liguei para
o Zé
para mostrar
os resultados
da coleta
pela webcam.
Jantei e fui
dormir cedo.
É muito
bom dormir
com o barulho
do mar ao
invés
do barulho
dos carros
de São
Paulo....
Levantei cedo,
comi o café
da manhã
(um biscoito)
e voei para
a praia. Encontrei
diversas conchas
logo no raso.
Notei que
as Cyphoma
gibbosum eram
muito coloridas
lá
– ao
contrário
dos outros
lugares onde
quase não
há
variação
nas tonalidades.
E imaginei
que estas
conchas devam
ter um sabor
horrível
já
que elas não
se camuflam
muito bem
e são
visíveis
à distância
– mesmo
assim nenhum
peixe as come!
Posso ser
curioso pelo
assunto, mas
eu deixo algum
pesquisador
mais corajoso
experimentar
seu sabor.
Naquela tarde
fui fazer
minha primeira
incursão
atrás
de terrestres.
Eu havia olhado
as imagens
de satélite
da ilha e
havia visto
várias
estradinhas
isoladas saindo
da estrada
principal
que corta
a ilha. Isoladas?
Droga, as
fotos não
eram atualizadas!
O lugar era
totalmente
povoado, com
a exceção
de uma pequena
estrada que
encontrei.
Estacionei
embaixo de
algumas árvores
mas não
achei nem
um exemplar
de Cerion
morto. Continuei
na estrada
até
chegar ao
lado norte
da ilha, e
de lá
virei à
esquerda para
ir até
Rum Point
do lado oeste.
Fiquei desapontado
ao saber que
eles não
vendiam rum
lá!
Hehehe, o
lugar é
muito agradável,
cheio de restaurantes,
lojinhas,
onde turistas
normais (ou
seja, não
como eu) podem
alugar um
caiaque ou
equipamento
de snorkel.
Sai de lá
e dirigi na
direção
oposta para
o lado leste
(vídeo
abaixo –
e sim, eu
estava prestando
atenção
na estrada...).
Achei uma
estradinha
que cortava
a mata em
direção
ao mar. Era
uma construção
abandonada
onde tratores
retiraram
areia e mato,
empilhando
em pequenos
morros. Ali
eu encontrei
vários
Cerion! Todos
mortos, mas
pelo menos
eu sabia que
eles estavam
lá.
Só
que depois
de duas horas
procurando
eu não
achei nenhum
vivo, só
alguns Thiariidae
em pequenas
lagoas de
água
doce.
Voltei para
o hotel e
comi um miojo
(o que mais?),
tirei uma
soneca para
poder fazer
um snorkel
noturno. Eu
devia parece
um doido para
os outros
hóspedes,
afinal o que
aquele doido
estava fazendo,
entrando sozinho
na água
escura e sumindo
em direção
ao fundo?
Eu esperava
encontrar
mais conchas
mas praticamente
não
catei nada.
Vi várias
lagostas passeando,
e percebi
que já
era hora de
voltar quando
eu comecei
a vê-las
dentro de
uma frigideira.
Depois de
acordar novamente
com aquela
vista “horrível”
da minha sacada
eu corri para
a água.
Embora as
ondas parecerem
violentas
e a gerente
do hotel ter
me avisado
que era perigoso
eu decidi
tentar atravessar
para a parte
funda (veja
que agradável
era mergulhar
perto das
ondas, abaixo).
Fui coletando
pelo caminho
e cheguei
até
onde as ondas
arrebentavam
com mais força.
Eu afundei
para escapar
de uma onda
mais forte
e virei uma
pedra no fundo.
Encontrei
um Conus regius
muito bonito.
Quando emergi
outra onda
enorme arrebentou
na minha cabeça,
me fazendo
afundar no
meio de muitas
bolhas o que
me impedia
de ver onde
estava sendo
jogado. Estiquei
meus braços
(melhor quebrar
o braço
do que a cabeça,
né?)
e depois de
lutar alguns
minutos que
pareciam horas,
eu voltei
para a parte
mais rasa.
Acho que 300
dólares
é um
preço
justo pelo
Conus, não?
Não
desisti e
fiquei perto
da arrebentação,
mas do lado
raso. Eu não
sei se eu
já
estava muito
irritado depois
de quase se
afogar e virar
parte do recife,
mas a cada
pedra que
eu virava
aparecia um
milhão
de peixes
para comer
o que havia
embaixo dela.
Isso começou
a me irritar,
pareciam mosquitos
marinhos!
I nadei rápido
para me afastar
deles e quando
não
vi mais nenhum
eu desci e
virei outra
pedra –
em um piscar
de olhos os
@¨¨#%$&
peixes apareciam!
Eu comecei
a boiar sem
mexer em pedras
para ver onde
os peixes
iriam. Eu
podia jurar
que eles estavam
me seguindo
feito rêmoras
e a cada vez
que eu parava
e olhava eles
disfarçavam.
Naquela tarde
eu dirigi
até
o jardim botânico
Queen Elizabeth
– eu
não
sou muito
de curtir
plantas (sei
diferenciar
árvore
de arbusto),
mas havia
visto na internet
e o lugar
parecia interessante.
Realmente,
fiquei impressionado
com a organização
e variedade
de plantas.
Eu caminhei
por uma trilha
de um quilometro,
pavimentada
com cascalho
marinho –
e achei um
Conus fóssil.
Eu dei uma
olhada discreta
nas árvores
procurando
por terrestres,
mas claro
que não
usei um facão
para entrar
na mata...
O dia seguinte
seria o último
para mergulhar
então
quis ficar
na água
até
enquanto agüentasse.
Mergulhei
por quase
5 horas, sai
e comi rápido,
descansei
meia hora
e voltei para
a água.
Pena que eu
não
tinha um tanque
de mergulho
– demora
alguns dias
até
que o fôlego
aumente, embora
o fato de
eu ter parado
de fumar tenha
ajudado (menos
na circunferência
da minha cintura).
Antes de sair
da água
eu tirei um
punhado de
fotos, vi
uma barracuda
de um metro
e meio descansando
na sobra de
um coral e
filmei algumas
lulas.
Depois de
uma ducha
quente, coloquei
uma bermuda,
sandálias
havaianas
e sai para
caminhar na
praia para
ver se eu
encontrava
algum Cerion.
Eu já
havia notado
que ninguém
passeava pela
praia, mas
não
tinha entendido
o porquê.
Devo ter apertado
por acidente
o botão
que liga o
modo “
Jerry Lewis”
e chutei uma
pedra com
o dedão.
Até
que não
sangrou muito,
não
doeu tanto
assim, e provavelmente
ninguém
entendeu os
palavrões
em português
mesmo. Vi
alguns arbustos
com grama
rasteira e
fui checar.
Aí
eu entendi
porque ninguém
andava na
praia....
tem uma semente
espinhosa
que queima
assim que
entra na pele,
e amortece
o local assim
que sai –
e estava cheio
delas por
toda parte!
Depois de
espetar os
pés
um monte de
vezes eu desisti
e voltei para
o hotel para
empacotar
minhas coisas.
No fim eu
coletei várias
espécies
que com certeza
irão
ilustrar bem
nossa galeria
de fotos!